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50 anos de abril: o caminho para a liberdade




Foi há 50 anos que se deu um dos momentos mais importantes da história de Portugal, a Revolução dos Cravos de 1974. E afinal, o que mudou?

Para entendermos o caminho até à liberdade dos dias de hoje, devemos recuar meio século e perceber: "O que foi o 25 de abril?"

Após 41 anos de ditadura, o povo português juntou-se e revoltou-se contra o regime. Tudo aconteceu no ano de 1974, quando os militares portugueses decidiram pôr fim à ditadura vivida até à data em Portugal, e, segundo o jornal Público: através da rádio, explicaram à população que pretendiam que o País fosse de novo uma democracia, com eleições e liberdades de toda a ordem. 


Imagem gerada por IA

   
Foi ao som da música, de Jóse Afonso, "Grândola Vila Morena", que a realidade de Portugal mudou. Enquanto a música tocava, uma coluna militar com tanques, comandada pelo Capitão Salgueiro Maia, marchou rumo à capital. Já em Lisboa, cercaram o quartel da GNR do Carmo, onde estava escondido Marcelo Caetano, o sucessor de Salazar. Após várias horas, Marcelo Caetano rendeu-se e entregou o poder ao general Spínola, pondo assim fim à ditadura em Portugal.

Durante o dia, a população de Lisboa foi-se juntando aos militares. E o que era um golpe de Estado transformou-se numa verdadeira revoluçãoEste foi o momento da reviravolta para o povo português, a partir daqui a mudança começou.

Após a Revolução dos Cravos, Portugal passou por transformações políticas, sociais e culturais. Uma das mudanças mais significativas foi a recuperação da liberdade. O povo português passou a ser livre de falar sobre vários temas, principalmente sobre política. 

Na década de 1970, Portugal iniciou um processo de descolonização que levou à independência das suas ex-colónias africanas, como Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Este processo representou uma mudança profunda na política externa portuguesa e teve um impacto nas relações diplomáticas do país.

Um dos primeiros acontecimentos históricos para o país foi a Revisão Constitucional de 1982, que teve como principal objetivo, segundo o Jornal de Notícias, a criação do Tribunal Constitucional tornando assim o sistema económico mais flexível. O sistema governativo passou a assentar na legitimidade democrática, conferindo mais relevo ao parlamento. O presidente da República passou a não poder demitir o governo sem causa institucional de gravidade extrema e a presidência passou a exercer um poder moderador.

Já a nível económico, um dos acontecimentos mais significativos foi a adesão de Portugal à União Europeia, no ano de 1986. Esta adesão à UE trouxe importantes mudanças económicas, sociais e políticas para o país, incluindo a modernização da infraestrutura e a integração na economia europeia.

Anos mais tarde, em 1999, Portugal aderiu à moeda europeia única, EURO, que, segundo um comunicado da UE, veio trazer diversas vantagens para o país, como uma maior estabilidade e crescimento económico, os mercados financeiros passaram a ser mais integrados e, por consequência, mais eficientes, o que resultou numa maior influência na economia mundial. Esta adesão foi um passo significativo na integração económica europeia e na estabilidade monetária do país.

Um dos períodos mais desafiadores na história de Portugal foi a crise financeira vivida em 2011, que surgiu como resultado da crise económica global iniciada em 2008. Portugal enfrentou uma série de dificuldades económicas, financeiras e sociais que atingiram o seu auge em 2011.

Porém, foi no ano de 2023 que Portugal vivenciou a primeira demissão por parte de um Primeiro-MinistroA 7 de novembro de 2023, o ex-primeiro-ministro de Portugal, António Costa, apresentou a sua carta de demissão após ser alvo de uma investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.













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